O ministro da Fazenda, Guido Mantega, considerou "positivo" o balanço sobre a reunião anual do Fundo Monetário Internacional (FMI), em Washington. Embora o ministro afirme que os avanços relacionados ao aumento das cotas de representação dos países dentro do Fundo feitos neste ano sejam "insuficientes", considerou que o resultado divulgado pelo Comitê Monetário e Financeiro internacional é positivo. "É um avanço em relação ao resultado anterior.
O IMFC, órgão que estabelece as estratégias do FMI, divulgou hoje que o aumento total das cotas deve ser de 10%. O comitê também deu apoio à inclusão do Produto Interno Bruto (PIB) na nova fórmula (de cálculo das cotas) como a variável mais importante. "O PIB medido pela Paridade do Poder de Compra (PPP) deve ter alguma contribuição no cálculo", citou o comitê. O ministro brasileiro citou o aumento do voto da cota básica, que tem maior peso para os países pobres. "O dinossauro se moveu", comentou.
Mantega disse que os países emergentes têm hoje maiores responsabilidades econômicas e políticas no cenário global, "por isso temos direito a ter maior representação no FMI". Diante desta influência maior, o ministro reiterou que o Brasil também tem interesse em fazer parte do G-7 (grupo dos sete países mais industrializados do mundo). No encontro que terá amanhã com o secretário norte-americano do Tesouro, Henri Paulson, Mantega afirmou que vai abordar o tema da ampliação do G-7.
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