São Paulo, 26/10/2014 – O ministro da Fazenda, Guido Mantega, admitiu hoje que o governo terá de fazer ajustes no início do ano que vem, assim como fez no início de 2011. Ele destacou, porém, após votar em São Paulo, que ajustes são feitos a todo momento. “Vamos ter que fazer o resultado ficar um pouco maior em 2015. Se a trajetória da inflação permanecer controlada, a política monetária será mais flexível”, disse o ministro a jornalistas.

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Para Mantega, um motivo que impediu o crescimento da economia em 2014 foi a falta de crédito ao consumo. De acordo com ele, para investimento, porém, há crédito. “A oferta de crédito já está melhorando, e isso é uma realidade. As vendas de automóveis, nos supermercados e de material de construção estão melhorando”, afirmou.

Ele disse ainda que a pressão inflacionária no início do ano levou o governo a adotar uma política monetária restritiva, mas que o Banco Central já começou a flexibilizá-la. Sobre a escolha do seu substituto, Mantega afirmou que a presidente Dilma Rousseff não está debruçada nisso e que sua cabeça está voltada para ganhar a eleição.

Questionado sobre seus planos a partir de janeiro, quando deve deixar o Ministério da Fazenda, Mantega disse que está concentrado em terminar este ano. “Temos dois meses de trabalho intenso”, resumiu, sem dar detalhes.

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Mantega votou nesta tarde, na escola Pueri Domus, no Itaim. Ele disse, durante conversa com jornalistas, que embarcaria para Brasília para aguardar o resultado das eleições. (Aline Bronzati – aline.bronzati@estadao.com)