Mantega reitera insatisfação com eleição para o FMI

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, divulgou nota nesta quinta-feira (2) afirmando que a posição do Brasil no processo de escolha do novo diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI) refletirá a opção que mais se mostre compatível com as reivindicações brasileiras.

"Na sua condição de governador da cadeira que representa o Brasil e mais oito países de nossa região no âmbito do FMI, o ministro da Fazenda realizará consultas e acompanhará o desenrolar do processo sucessório no Fundo antes de definir sua posição na eleição do novo diretor-gerente", afirma. Por enquanto, há apenas um candidato ao cargo de diretor-gerente do FMI, Dominique Strauss-Kahn, que foi recebido ontem por Mantega e o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim.

Mantega afirma que esta decisão refletirá a opção que se mostre mais compatível com as principais mudanças defendidas pelo Brasil e que foram apresentadas a Dominique ontem. "O governo brasileiro reiterou sua insatisfação com o funcionamento e com a atual estrutura do FMI e transmitiu ao candidato a sua preocupação com três pontos fundamentais", informa a nota.

O Brasil defende a mudança do sistema de votação e de representação da instituição para permitir uma maior participação do Brasil e dos países em desenvolvimento.

Também reivindica que seja abandonada a tradição de que o dirigente máximo do FMI seja necessariamente um europeu e, por fim, que haja uma reforma dos procedimentos do Fundo para conciliar seus programas de ajustamento e estabilização com a promoção do desenvolvimento econômico e social dos países-membros, especialmente os mais pobres.

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