O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse hoje que espera um ingresso de US$ 65 bilhões de Investimento Estrangeiro Direto (IED) no Brasil em 2011. O número está significativamente acima da projeção de US$ 55 bilhões feita pelo Banco Central (BC) para este ano, mas pouco além dos cerca de US$ 63 bilhões do resultado acumulado em 12 meses até abril. Mantega participou hoje da abertura do Fórum do Fundo Monetário Internacional (FMI), no Rio de Janeiro.

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Segundo ele, as medidas adotadas pelo governo para conter os fluxos de capitais estão sendo bem sucedidas em seu objetivo de evitar uma sobrevalorização do real e um excesso de entrada de dólares, sem impedir os investimentos direcionados ao Brasil. Mantega argumentou que, enquanto não houver reforma no sistema das finanças internacionais e os países desenvolvidos não crescerem mais rapidamente, os países emergentes e o Brasil têm que se defender dos fluxos excessivos.

Mantega também voltou a defender o câmbio flutuante para evitar desequilíbrios entre as moedas. De acordo com o ministro, apenas alguns países adotam um sistema de câmbio flutuante, enquanto outros ainda são adeptos da manipulação cambial. “Um câmbio com mais equilíbrio entre o mundo é o que vai organizar o fluxo de entrada de capitais nos países”, afirmou Mantega.

O ministro ressaltou ainda que os países avançados têm que fazer uma política monetária expansionista, mas que também devem adotar uma política monetária e fiscal para recuperar mais rapidamente suas economias. Segundo ele, a recuperação dos países avançados e uma reforma do sistema financeiro internacional são necessárias para conter as distorções do fluxo de capitais nos países emergentes.

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“Enquanto essas reformas não acontecem, os países emergentes têm que se defender. O Brasil tem adotado uma série de medidas. Voltamos a subir as taxas de juros. Desde o ano passado, tomamos medidas para a contenção de crédito. Estamos fazendo uma desaceleração da economia brasileira”, enumerou o ministro, reafirmando que o crescimento do PIB está em linha com a meta de 4,5% no ano.