O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que a área econômica não está aprovando novos pedidos de despesas dos ministérios. Segundo ele, essa decisão foi anunciada, ontem, a todos os ministros durante a reunião ministerial. Mantega disse ainda que, se necessário, o governo irá reduzir ainda mais os gastos até o final do ano para cumprir a meta de superávit primário de 2,5% do PIB. Ele lembrou que esta meta já foi reduzida este ano e, para isso, o governo já cortou gastos de vários ministérios.
Mantega disse que, ao fixar a meta de superávit primário em 2,5% do PIB, já foram considerados todos os aumentos salariais de servidores acordados desde 2007. “Os acordos estão sendo mantidos. Mesmo com esta despesa a meta será atingida”, disse o ministro.
Sobre a queda na arrecadação federal, Mantega argumentou que este é um fenômeno que está ocorrendo em todos os países por causa da redução da atividade econômica. Ele disse que com a crise são reduzidos os recolhimentos de Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ), sobre o lucro no mercado de capitais, além de haver uma redução nas ofertas públicas iniciais de ações (IPO, na sigla em inglês) e nas importações.
Mantega não quis comentar as informações sobre os rumores de demissão da secretária da Receita Federal, Lina Maria Vieira. “Quando eu tiver novidade sobre a Receita falarei com os senhores”, afirmou.