O ministro da Fazenda, Guido Mantega, assegurou, em entrevista à Agência Estado, que o governo tem vários instrumentos para reagir a uma eventual escassez de crédito, no caso de haver uma deteriorização. Segundo Mantega, o Banco Central pode fazer leilões de dólares como fez na crise de 2008 para atender a demandas do comércio exterior e pode também utilizar os compulsórios para irrigar o mercado interno. “Se vier a faltar (crédito para o comércio exterior), temos como resolver o problema, colocando leilões de divisa. O BC está a postos”, disse o ministro, ponderando que não vê necessidade para isso, porque há oferta de dólares no País e que eles estão acessíveis.

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Outra arma dentro do arsenal citada pelo ministro são os bancos públicos. “Temos os bancos públicos para aumentar o crédito e reduzir os juros, que usamos em 2009 e eles continuam aí”. Além disso, ressaltou Mantega, o Brasil é um país que continua gozando de grande confiança internacional e que aplica nos mercados emergentes.

Ele ponderou ainda que a restrição de crédito é muito limitada a determinados nichos de mercado e admitiu que os bancos pequenos e médios estão tendo mais dificuldade de captar lá fora, já que agora o crédito está mais caro.

O ministro ponderou também que esse encarecimento do crédito reflete o cenário internacional, mas o Brasil “já está fazendo o antídoto” a esse cenário, com uma política monetária mais flexível, adotada desde agosto deste ano.

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