Ao contrário do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, previu hoje que a geração de empregos este ano será menor do que a vista em 2010. Para Lupi, a criação de vagas formais, já descontadas as demissões, chegará a 3 milhões de postos. No ano passado, houve abertura de 2,5 milhões de vagas com carteira assinada, chegando a um total de 2,8 milhões quando contabilizados os servidores públicos.

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“É claro que vamos gerar menos empregos do que no ano passado”, disse Mantega, durante audiência pública na CAE do Senado. “Isso é até desejável, pois estamos importando trabalhadores de toda a parte do mundo. Falta qualificação”, acrescentou. Para Mantega, não há hipótese de haver um aumento do desemprego no Brasil, a menos que ocorra uma “catástrofe internacional”.

Durante seu pronunciamento no Senado, Mantega discordou do senador Aécio Neves (PSDB-MG) a respeito da opinião de especialistas sobre a crise financeira internacional e os impactos para a economia brasileira. “Certamente estamos conversando com analistas diferentes. Pois os meus dizem o contrário: que as contas públicas estão cada vez mais sólidas e acabamos de ser promovidos. O nosso rating subiu por causa das contas públicas.”

Juros e reservas

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O ministro da Fazenda afirmou que a redução das taxas de juros está no horizonte do governo e que isso será importante para a diminuição dos custos de manutenção das reservas internacionais. “Não podemos reduzir as reservas porque isso nos dá solidez. O que temos é que baixar o custo e, se reduzirmos taxa de juros, o custo será menor. A China tem mais reserva e menor custo do que a gente. Isso está no pipeline do governo”, afirmou ao final da audiência pública no Senado.

O ministro disse também que a carga tributária ainda é elevada no Brasil. “Já reduzimos bastante e isso não aparece porque Brasil cresceu mais”, considerou. Ele citou a desoneração da folha de pagamentos e a redução do IPI em quase todas as modalidades. “A lista é grande, mas temos que fazer mais para reduzir o custo tributário brasileiro.”

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