O ministro da Fazenda, Guido Mantega, propôs a uma plateia de empresários durante o seminário “Brasil: Preparado para Crescer”, que ocorre em São Paulo, um pacto pela sustentabilidade do crescimento da economia para que o País atravesse o ano eleitoral sem “perturbações”.
O ministro conclamou os empresários a “não aceitarem as provocações nem caírem no canto da sereia” que devem surgir durante a campanha e podem sugerir riscos que na verdade não existem.
“Não há riscos para o Brasil, todos devemos exigir a manutenção dos fundamentos. O que queremos é que o Brasil continue crescendo”, disse. Mantega acrescentou que os avanços conquistados no Brasil devem ser preservados e por isso “é preciso blindar a economia”.
Ele observou que cada governo pode avançar em relação aos anteriores e que não faltarão desafios para a próxima gestão porque o Brasil ainda tem vários problemas.
“O próximo governo deve focar nisso: o que posso fazer de melhor em relação ao que já foi feito. E não ficar ameaçando ou conturbando o que está dando certo”, afirmou Mantega.
A parte do governo nesse pacto, segundo Mantega, é manter o compromisso com a estabilidade fiscal e monetária. “O governo não vai mudar o seu comportamento porque é ano eleitoral”, afirmou o ministro, endossando que a meta de inflação de 2010 será cumprida.
“Se houver problema de inflação, os juros vão subir”, disse. Em seguida, emendou: “espero que não precise, né Meirelles?”. Nesse momento, o ministro dirigiu-se ao presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, que também participa do evento.
Do lado fiscal, Mantega reafirmou o compromisso de cumprir a meta de superávit primário de 3,3% do Produto Interno Bruto (PIB). “Queremos continuar reduzindo a relação dívida/PIB e se for preciso seguraremos despesas e gastos de consumo.”