O ministro da Fazenda, Guido Mantega, avaliou durante reunião com a bancada do PMDB, na Câmara, que as propostas de reforma tributária do passado não deram certo, porque visavam "esfolar" o contribuinte. Segundo ele, essas propostas foram feitas em momentos inadequados. "Eram propostas que visavam corrigir o desequilíbrio fiscal. Esse tipo de proposta foi feito para cobrar mais tributo do contribuinte, para esfolar o contribuinte", afirmou o ministro.
"Quando falta pão, todo mundo grita e não tem razão. Então é um pouco essa a situação", afirmou Mantega, destacando que esse tipo de proposta apresentada num contexto de desequilíbrio fiscal gera um clima de insegurança muito grande. Mantega lembrou que nos anos de 1996 e em 2000 (durante governo Fernando Henrique Cardoso), houve duas tentativas de reforma que não deram certo. Ele admitiu que mesmo em 2003, já durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva não houve condições da proposta de reforma tributária ir adiante porque, naquele momento, o País enfrentava desequilíbrio fiscal.
Ele disse ainda que havia desconfiança de que o governo iria cobrar mais e aumentar a carga tributária. Agora com o crescimento econômico, destacou o ministro, a arrecadação de tributos aumenta para todos (Estados, municípios e União) e também permite que a União possa bancar as perdas que alguns Estados terão com a mudança do sistema tributário. "A União está disposta a bancar as perdas, os Estados se sentem mais confortáveis", afirmou.