O problema de liquidez em moeda estrangeira (falta de dólares) já vinham ocorrendo no país no ano passado e, com o agravamento da crise em setembro, houve travamento do crédito para o comércio exterior.

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A explicação foi dada pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. Segundo ele, a escassez do crédito levou à elevação do spread bancários (diferença entre os juros que o banco paga aos investidores e os que cobra nos empréstimos) e deixou o país com um dos maiores spreads. “Ainda estamos com o spread bastante elevado e o custo financeiro também”.

Mantega afirmou que o país ainda está se adaptando a alguns problemas derivados da desvalorização da moeda. Ele lembrou que também houve migração de recursos das economias em desenvolvimento para as economias avançadas, para suprir a falta de dinheiro nos fundos dos países em crise.

O ministro disse que esse tipo de migração terminou trazendo prejuízos a empresas que investiam em fundos de derivativos. “Tudo isso causa prejuízos e alguns problemas de liquidez mais fortes”.

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Guido Mantega participa do 3º Encontro Nacional da Indústria (Enai), promovido em Brasília pela Confederação Nacional da Indústria (CNI)