O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse hoje que é difícil avaliar qual será a avaliação do mercado com o agravamento da crise internacional porque não se sabe, agora, onde está a segurança. “Não sabemos qual é a reação do mercado, porque, no passado, nós sabíamos: era fuga para a segurança. Hoje eu pergunto: onde está a segurança? Temos dúvidas que o comportamento será o mesmo”, avaliou o ministro sobre o agravamento do quadro nos mercados internacionais.

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Ele disse que o Brasil “certamente” oferece segurança, mas, novamente, repetiu que não acredita em “overshooting” do dólar, apenas em flutuação relativa. Apesar de dizer que o Brasil está preparado, ele reconheceu que poderá haver consequências como recuo da Bolsa, do comércio e também “um pouco de queda do crédito”. “Temos que ficar alertas, olhando as consequências. É claro que sempre haverá consequências”.

Mantega informou que embarca para o Peru, onde participará de reunião da Unasul para discutir com os ministros da Fazenda dos países estratégias conjuntas para enfrentamento dessa crise. Segundo ele, os ministros estudarão mecanismos de defesa, principalmente se houver fuga de capitais, “o que não é problema para o Brasil”.

Entre as medidas, ele citou um banco de compensação financeira ou fortalecimento dos que já existem. Os ministros também vão discutir estratégias comuns de defesa dos mercados com relação à invasão de produtos de outros países que não têm mercado. “É uma agenda muito importante para a América Latina principalmente nesse momento de agravamento da crise externa”, disse.

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