Depois de comemorar que os empresários gostaram da proposta de reforma tributária que será levada amanhã ao Congresso, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, assegurou nesta quarta-feira (27) que não haverá aumento da carga tributária, que continuará em 38% do Produto Interno Bruto (PIB). Ele ressaltou, no entanto, que o volume arrecadado poderá aumentar, porque haverá aumento da formalização da economia e avisou que, quando a arrecadação aumentar, poderão ocorrer novas desonerações.
"Nós vamos fazer uma transição de uma estrutura tributária para outra cujo efeito tem de ser neutro. Esse é o nosso compromisso. Não haverá o que aconteceu com o PIS (Programa de Integração Social) e a Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social), que quando passaram de cumulativo para valor agregado, houve um aumento. E é isso que estou garantindo que não haverá. Ela (reforma tributária) é neutra deste ponto de vista", declarou o ministro.
E acrescentou: "É claro que a reforma tributária deverá implicar a formalização da economia, e em um aumento do PIB. Tudo isso aumentará a arrecadação e nos dará base para mais desonerações. Se houver condições poderemos até antecipar desonerações para períodos mais próximos". Mantega explicou ainda que "haverá um instrumento impresso na Constituição Federal para tratar de desoneração, mas isso ainda não está inteiramente definido".