O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou no início da tarde desta quarta-feira, 29, que o governo não pretende adotar novas medidas de estímulos ao consumo e ao investimento. Segundo ele, os estímulos ao investimento estão todos em cima da mesa e as empresas estão aumentando seus investimentos.
Mantega lembrou que alguns estímulos foram retirados no primeiro trimestre, de modo que o consumo não deverá ser o carro chefe da economia. “Queremos que seja o investimento e que tenha recuperação do investimentos”, afirmou o ministro ao comentar o resultado do PIB no primeiro trimestre.
O ministro disse que a recuperação do investimento é o mais difícil, mas isto está acontecendo. “Conseguimos despertar os investimentos e isso deve continuar nos próximos anos porque o volume de investimentos vai subir no Brasil com o programa de concessões”, afirmou.
Segundo Mantega, não haverá novos estímulos porque as medidas já tomadas continuarão surtindo efeito, como o programa de concessão e a desoneração da folha de salários das empresas. “A desoneração começou em 2012, mas agora são mais setores que começaram em janeiro e, assim, igualmente para outras medidas cuja eficácia vai ser sentida ao longo do ano”.
Desoneração e juros
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou também que o governo deverá colocar emendas sobre desoneração da folha na medida provisória 609. Essa será a solução para garantir que entrem em vigor as medidas de desoneração da folha de diversos setores, que constavam na MP 605, que não foi votada pelo Senado.
“Podemos colocar em vigor imediatamente a parte de desoneração e respeitar a noventena para cobrança do tributo sobre o faturamento”, explicou, ao ser questionado sobre a demora que pode ocorrer após a decisão do Senado de não votar a MP, atrasando o início das desonerações.
Segundo o ministro, a política monetária evoluiu muito nos últimos anos e não é preciso olhar as taxas de juros de curto prazo. A afirmação foi feita em função de uma pergunta sobre o impacto da possível alta da Selic no atividade econômica. “A política monetária é favorável aos investimentos e à atividade econômica”, disse.
Mantega comentou ainda que a presidente Dilma Rousseff ficou muito satisfeita com o resultado do investimento no PIB do primeiro trimestre. “Isso significa crescimento de qualidade”, reafirmou.