Mantega defende reforma na escolha do dirigente do FMI

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, divulgou comunicado oficial em que defende de forma enfática uma reforma no processo de escolha do diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI). O ministro defende que a escolha de altos dirigentes das instituições financeiras multilaterais, como o FMI e o Banco Mundial (Bird) deve ser feita seguindo processos abertos e transparentes, sem restrição a candidaturas em função da nacionalidade. No comunicado, Mantega afirma que a forma atual de escolha "não encontra mais respaldo na realidade contemporânea".

"Em prol da modernização e democratização dos mecanismos de governança no âmbito das instituições financeiras multilaterais faz-se necessário superar pactos anacrônicos de partilha de poder", afirma o ministro. Para Mantega, seria lamentável que o processo de reformas em cursos no FMI não tocasse diretamente o tema da seleção dos dirigentes máximos do órgão. O ministro disse que o Brasil considera todos os pontos da reforma institucional em curso como sendo temas interdependentes e necessariamente relacionados ao resgate da legitimidade, representatividade e eficácia da instituição.

Há o entendimento de que os EUA escolhem o presidente do Banco Mundial e os países da Europa Ocidental o diretor-gerente do FMI. "Reiteramos apoio aos termos do comunicado final da última reunião ministerial do G-20 financeiro e à declaração do G-20 sobre a reforma das instituições de Bretton Woods, segundo os quais a seleção dos altos dirigentes do FMI e do Banco Mundial deve ser baseada no mérito, assegurada uma ampla participação de todos os Estados-membros", diz o ministro.

Esse assunto foi discutido anteontem pelo presidente Lula com o secretário do Tesouro dos EUA, Henry Paulson, que esteve no País esta semana.

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