O governo persegue um superávit primário de, no mínimo, 2,3% do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano. “Caso a gente perceba que a meta não será alcançada, faremos novos ajustes de despesa”, afirmou o ministro da Fazenda, Guido Fazenda, em entrevista à imprensa na noite desta quarta-feira, 12, após anúncio da retirada do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) em transações com derivativos cambiais.
Mantega defendeu que a atividade econômica está melhorando e, portanto, a arrecadação também aumenta. Segundo ele, o ministério “pratica permanentemente ajuste fiscal, controlando as despesas e perseguindo uma meta elevada de superávit primário”.
Ele citou as principais despesas do governo e disse que estão absolutamente sob controle. O déficit da previdência, que é o maior gasto, está estável e caiu nos últimos tempos, de acordo com Mantega. “A segunda maior despesa, da folha de pagamentos, está em 4,2%, e era 4,3% ano passado. Ou seja, está caindo em relação ao PIB”, prosseguiu.
Ele mencionou como a terceira maior despesa do governo o pagamento de juros sobre a dívida. “Também está caindo”, ressaltou. Os três itens, segundo ele, representarão neste ano “algo como R$ 740 bilhões”. Mantega disse, ainda, que as demais despesas estão sob controle. “E procuramos conter despesas de custeio da máquina”, afirmou.
Ainda sobre IOF, Mantega informou que a única aplicação desse imposto para influenciar o mercado de câmbio que continua em vigor é a alíquota de 6% sobre empréstimos no exterior por empresas com prazo de até 360 dias. “É o único IOF que permanece daquelas medidas que foram colocadas (anteriormente).”