O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que a reunião dos países do G-20 realizada nesta sexta-feira e já encerrada, não foi difícil, uma vez que havia consenso entre os países do grupo sobre a necessidade de reforço do aporte no Fundo Monetário Internacional (FMI), o principal tema da reunião de primavera do FMI neste ano.
Para Mantega, embora tenha havido melhora na crise da zona do euro, “o sistema financeiro internacional ainda corre riscos”. Os europeus já fizeram sua parte ao anunciar a contribuição de US$ 250 bilhões, disse o ministro.
Porém, mesmo reconhecendo a necessidade de um poder de fogo maior do FMI e da unanimidade entre os BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) em relação a isso, Mantega repetiu que a ajuda financeira está condicionada à reforma de cotas e governança do FMI, que dará representação maior aos emergentes dentro do Fundo.
De acordo com o ministro, embora vários países estejam anunciando suas colaborações bilionárias ao FMI, os BRICS não divulgarão nenhum número e não têm decisão individual a respeito, ao contrário de notícias já veiculadas na imprensa citando valores individuais de ajuda vinda do Brasil e da China. “A China não divulgou nenhum valor”, garantiu. Essa decisão deve sair até a reunião do G-20, em Los Cabos, no México, em junho.