O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou nesta terça-feira um programa de investimentos em infraestrutura que soma US$ 235 bilhões, incluindo portos, ferrovias, aeroportos e os negócios na área de óleo e gás e energia elétrica. “O Brasil tem grande agenda de investimentos para os próximos anos. Não é de agora que o Brasil está preocupado em aumentar os investimentos”, disse o ministro no início de sua apresentação. “Temos identificado no Brasil crescente demanda por infraestrutura”, disse ele, destacando que a taxa de investimento em relação ao PIB vai aumentar.
Os US$ 235 bilhões estão divididos em vários setores da economia, explicou Mantega: Em logística, serão US$ 121 bilhões. Em energia, US$ 74 bilhões e em óleo e gás, US$ 40 bilhões. “O investimento público é apenas uma parcela pequena do total de investimento do País. Precisamos também aumentar o investimento privado”
Mantega abriu nesta terça-feira o seminário Brasil: Fórum de Infraestrutura 2013: Projetos, Instrumentos de Financiamento e Oportunidades. O evento reuniu aproximadamente 350 pessoas em Nova York, na primeira rodada de apresentações dos projetos do governo fora do Brasil.
Investimento privado
Mantega disse que o objetivo do governo é expandir mais o investimento privado, por isso as apresentações no exterior. “O Brasil possui condições sólidas para crescimento de longo prazo”, disse ele, destacando que um dos principais fundamentos do país é a solidez fiscal. Em janeiro, o superávit fiscal deve atingir US$ 26 bilhões, o melhor resultado para um início de ano, disse o ministro.
Na sua apresentação, Mantega frisou que o Brasil será em 2020 o quinto mercado de consumo do mundo, com previsão de US$ 1,8 trilhão em gastos das famílias com compras. No mesmo ano, o Brasil estará entre os três maiores mercados para automóveis do planeta, além de alimentos, bebidas e perfumes.
Entre os presentes, representantes de bancos de investimentos, fundos soberanos, gestoras de recursos, escritórios de advocacia e firmas de consultoria, além de toda a imprensa internacional. Também haviam executivos representantes de firmas de energia de outros países, como Itália e Canadá. Além das apresentações, estão previstas reuniões fechadas da equipe do governo com os investidores interessados em Brasil.