O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta quinta-feira (4) que se Câmara e o Senado aprovarem a prorrogação da CPMF tal qual foi proposta pelo governo, existe a disposição de "fazer alguma flexibilização". Ele explicou que o governo poderá enviar um projeto de lei ordinária reduzindo a alíquota da CPMF. "Mas acredito que é oportuno abrir discussão com o empresariado brasileiro sobre o que é melhor – desonerar a CPMF ou algum outro tributo com impacto sobre a economia e a sociedade", disse o ministro, ao chegar ao Encontro Nacional da Indústria da Construção Civil.
Ele informou que, na reunião que teve hoje com empresários na Confederação Nacional da Indústria (CNI), expôs as dificuldades do governo em acomodar uma redução abrupta na arrecadação da CPMF. Lembrou que de 2004 a 2007 as medidas de desoneração tributárias adotadas pelo governo somam R$ 36 bilhões, valor equivalente à arrecadação anual da CPMF.
Na reunião, empresários da indústria pediram a Mantega, uma sinalização clara do governo, com datas e prazos, para a redução da alíquota da CPMF. O ministro disse que tem defendido a desoneração da folha de salários como nova medida de desoneração. O presidente da CNI, Armando Monteiro, porém, afirmou que prefere uma redução da alíquota da contribuição.