O secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, Mansueto de Almeida, fez uma forte defesa de uma reforma da Previdência ampla e que inclui servidores públicos e políticos. Se o Brasil não for bem sucedido na missão da reforma da Previdência, diz o secretário, terá de gastar ainda mais no futuro e, para isso, aumentar a carga tributária já elevada.
“Qualquer reforma da Previdência tem de pegar servidores e políticos”, disse Mansueto em evento sobre a poupança para o desenvolvimento econômico na Universidade de Brasília (UnB).
Ao defender a reforma, o secretário apontou que o Brasil já gasta como país rico com a Previdência. Atualmente, o País gasta cerca de 13% do Produto Interno Bruto (PIB) com a Previdência, patamar semelhante ao do Japão. Se nada for feito, completou o secretário, os gastos caminhariam rumo a até 20% no médio e longo prazo. “E nenhum país do mundo gasta 20% com o PIB.”
Para o secretário, a falha na missão de reformar a Previdência pode ter consequências negativas em cascata. “Se falharmos nessa tarefa, o País vai ter de gastar mais e a carga tributária terá de subir. E o mundo dificilmente vai querer financiar um país de renda média com carga tributária cada vez mais alta”, disse Mansueto.