O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, disse nesta quarta-feira, 27, que a devolução de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em 2019 pode ser suficiente para equacionar o descasamento para o cumprimento da regra de ouro neste ano, de R$ 93,3 bilhões. Ele disse, no entanto, não saber ainda o volume de recursos que será devolvido.
“Ainda não sabemos quanto o BNDES irá devolver ao Tesouro este ano, mas esperamos um valor significativo. Não sei exatamente quanto o Tesouro irá pedir ao BNDES, mas com certeza será mais do que os R$ 26 bilhões já acordados”, afirmou Mansueto.
Segundo ele, a decisão sobre o volume da devolução do BNDES ao Tesouro em 2019 deve sair em dois ou três meses.
Seguro de crédito rural
O secretário do Tesouro Nacional confirmou também que a tendência do subsídio do órgão ao crédito agrícola é de redução. Segundo ele, o governo quer “turbinar” o seguro do crédito rural.
“O seguro de crédito rural hoje fica entre R$ 500 milhões e R$ 600 milhões, pode ser maior”, afirmou Mansueto. “O seguro é um programa muito mais barato para o Tesouro. Já subsídio ao crédito às vezes beneficia empresas que podem buscar recursos no mercado”, alegou.
Perguntado sobre a insatisfação do Ministério da Agricultura com o corte de subsídios, Mansueto respondeu que o diálogo com a pasta seria o melhor possível. “Tudo vai ser conversado de forma calma com o Ministério da Agricultura. A redução é gradual, não é algo que ocorra da noite para o dia. O cenário atual de juros e inflação permite um juro baixo com menor custo para Tesouro”, completou.