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Mansueto diz que ajuste fiscal em andamento será processo duro, mas gradual

O ajuste fiscal já está em andamento no País. Será um processo duro, mas gradual, afirmou nesta segunda-feira, 21, Mansueto de Almeida, secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda. “Se o Brasil fizer o ajuste fiscal em três, quatro anos será espetacular. Mas a gente foi conservador. Estamos dando dez anos. Saúde e educação não vão ser prejudicados de jeito nenhum”, disse Mansueto, durante o seminário “Reavaliação do Risco Brasil”, promovido pela Fundação Getulio Vargas em parceria com a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro.

Mansueto defendeu a aprovação da PEC do Teto dos Gastos, em tramitação no Senado, e a Reforma da Previdência como forma de mudar a trajetória da dívida pública brasileira.

“A trajetória da dívida é muito sensível ao crescimento da economia e ao deflator do PIB. Como é que vai se comportar, isso ninguém sabe. Vários bancos têm estimativas diferentes, está muito difícil prever o futuro. Mas é claro que com a PEC dos Gastos a gente está ‘sustentabilizando’ a dívida pública brasileira. Mas será necessária a Reforma da Previdência. Ela já está pronta”, declarou.

Segundo ele, o País não aguenta mais arcar com a aposentadoria de pessoas em idade tão jovem. A dívida brasileira já está muito alta, e o País precisa cortar despesa através de um ajuste gradual, que passa pela PEC dos Gastos, acredita.

Mansueto lembrou que a última vez em que o Brasil teve queda no PIB por dois anos consecutivos foi na década de 30. “O que ocorre no Brasil hoje é anormal. Como tem uma causa, isso pode ser consertado”, defendeu.

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