O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, confirmou nesta quinta-feira, 7, a reabertura das discussões entre o Tesouro e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), para que a instituição possa fazer devoluções extras de recursos aos cofres do Tesouro, acima dos R$ 26 bilhões anuais acertados previamente.
“Vai ter abertura de negociações para devolução extra, mas isso o ministro Paulo Guedes já falou. Vamos lembrar que nos últimos dois anos o BNDES pagou ao Tesouro cerca de R$ 280 bilhões e a gente tinha feito um acordo para o BNDES pagar R$ 26 bilhões por ano”, disse ele, acrescentando que já havia ficado no contrato que esse valor seria o mínimo.
No acordo, ficou acertado que, se eventualmente ocorresse disponibilidade de caixa, o BNDES pagaria mais. “Isso que vamos discutir, porque se o banco nos pagar a mais, não afeta o primário, mas reduz imediatamente a dívida pública bruta.”
Perguntado pela reportagem do Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) se a presença do ex-ministro Joaquim Levy no comando do banco tem facilitado as tratativas, Mansueto afirmou que o diálogo como o BNDES sempre foi muito bom e frutífero.
“O Joaquim (Levy) tem continuado o trabalho, tem feito várias ações no sentido de dar mais transparência aos investimentos do banco, mas está tudo correndo bem. O diálogo é o melhor possível com o Joaquim, até porque ele já foi secretário do Tesouro”, disse Mansueto.