São Paulo – O mercado financeiro indica uma abertura dos negócios relativamente calma nesta manhã, enquanto investidores continuam monitorando o comportamento do câmbio. No início dos negócios, às 9h48, o dólar comercial estava sendo vendido a R$ 3,40, em queda de 2,02%. Chegou à cotação de R$ 3,30 e por volta das 10h08 estava sendo vendido a R$ 3,38, em queda de 2,59%. No mercado de juros, os contratos de DI futuro com vencimento em janeiro de 2003, negociados na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), pagavam taxas de 25,250% ao ano, frente a 25,200% ao ano negociados ontem. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) registrava alta de 0,59%. Além da abertura do dólar, outro sinal positivo hoje vem dos bradies, que continuam em alta. O C-bond, título da dívida externa mais negociado no exterior, continuaria subindo, segundo operadores, com compras do Banco Central e a expectativa do acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), esperado para no máximo até 12 de agosto, quando começam as férias do Fundo. Apesar de o mercado estar atento ao câmbio, analistas não acreditam que o Banco Central venha a subir os juros para evitar o repasse do dólar para a inflação, pelo menos por enquanto. O presidente do Banco Central, Armínio Fraga, disse ontem, na entrevista à imprensa, que a alta do dólar deve ser transitória e que o governo não abre mão da possibilidade de utilizar a alta de juros como instrumento de controle da inflação, mas disse que não acredita que essa alta não seja necessária agora. “Se, na nossa visão, houver uma ameaça de volta da inflação, alguma coisa desse tipo, nós não hesitaremos em cumprir o nosso papel”. A nossa avaliação hoje é de que não é o caso, como está muito claro na última ata do Copom. Mas eu posso mudar de opinião amanhã, porque num momento como este nós temos que ter flexibilidade”, disse Fraga.
