?Cada um interprete como quiser.? Com este comentário lacônico, o ministro da Fazenda, Pedro Malan, respondeu à pergunta sobre a disparidade entre a ampliação da meta de inflação de 3,25% para 4% em 2003, anunciada ontem pelo governo, e a redução da expectativa de inflação de 2,8% para 2 6% também no ano que vem, publicada hoje (28) no relatório do Banco Central. ?O relatório da inflação não foi escrito de ontem para hoje. Esta meta está baseada na hipótese de preservação de uma taxa Selic nominal de 18,5%?, explicou o ministro.
No dia anterior, o mercado havia recebido como um sinal de queda de juros a ampliação da meta de inflação para este ano e para 2003. Malan preferiu não entrar em considerações sobre o que isso significaria para as decisões monetárias. Hoje, no relatório do BC, a baixa na expectativa de inflação foi atribuída a um menor crescimento no ano que vem. Alguns representantes do mercado entenderam que a trajetória dos juros poderia não se alterar. Malan continuou mudo a respeito.