A assessoria de imprensa do Maksoud Plaza Hotel, de São Paulo, divulgou comunicado nesta sexta-feira(18), no qual informa que não há qualquer motivo para a realização de leilão de seu imóvel. A nota divulgada garante que o depósito judicial referente à questão já foi efetuado há alguns dias, e que se aguarda apenas que a Justiça determine o cancelamento.
Ícone do glamour paulistano na década de 1980, o Hotel Maksoud Plaza foi mandado a leilão pela Justiça do Trabalho para pagamento de dívidas trabalhistas. Famoso por ter hospedado autoridades, celebridades e socialites brasileiras e estrangeiras, o imóvel é avaliado em R$ 140 milhões.
Mas agora, de acordo com a assessoria, este risco está afastado. “Esse é um procedimento de rotina. Não há nada de excepcional. De qualquer forma, todas as medidas judiciais cabíveis já estão em andamento, inclusive na forma de liminares. Rechaça-se aqui, também, a subavaliação do imóvel realizada pelo tribunal”, explicou o comunidado.
Situado a uma quadra da Avenida Paulista, o empreendimento teve o leilão marcado para a segunda semana de dezembro pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de São Paulo. Apesar de o hotel sustentar que já fez um depósito para pagamento da dívida, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) informou que ainda não há decisão judicial sobre a suspensão e o leilão está mantido. Ainda precisa ser avaliado, por exemplo, se o valor depositado cobre toda a dívida.
Mesmo com esta incerteza pairando no ar, o Maksoud garante que a situação está equacionada e vai continuar funcionando normalmente. “Informamos ao público em geral, nossos clientes, hóspedes e fornecedores que o funcionamento do hotel e de todas as suas dependências, incluindo o sistema de reservas a ser agendadas para os próximos meses, está absolutamente normal. Não há ou haverá qualquer descontinuidade”, esclareceu o comunicado.
O Maksoud já chegou a ir a leilão em 2008. Quase 400 pessoas lotaram o auditório do Fórum Rui Barbosa, na zona oeste de São Paulo, mas não houve interessados no cinco-estrelas. Às 10h40, o leiloeiro apresentou o imóvel de 7,3 mil m² e 22 pavimentos, mas ninguém ofereceu o lance mínimo de R$ 47,5 milhões.
Para o TRT, um dos motivos que podem ter afastado os compradores é o fato de os proprietários do imóvel terem entrado com uma liminar na Justiça para suspender os efeitos do leilão – ou seja, corria-se o risco de conseguir arrebatar o bem, mas não poder usá-lo.
Nesta sexta-feira era possível fazer reserva para hospedagem no Maksoud em dezembro – as diárias variavam de cerca de R$ 500 a aproximadamente R$ 2 mil. Além de hospedar pessoas famosas, o Maksoud sempre foi frequentado nos fins de semana por famílias endinheiradas atrás do famoso brunch. E o café da manhã do hotel ainda atrai as classes média e alta.