De acordo com previsão do Institute of International Finance (IIF), entidade que reúne os maiores bancos do mundo, o fluxo de investimentos diretos na América Latina este ano chegará a US$ 29 bilhões – US$ 3 bilhões a mais que no ano passado. O Brasil ficará com uma enorme fatia desse bolo: US$ 22,7 bilhões.
No Brasil, as cerca de cem instituições financeiras ouvidas semanalmente pelo Banco Central (BC) vêm prevendo há quatro meses uma entrada muito menor de investimentos estrangeiros diretos em 2004, de US$ 12 bilhões.
Segundo o IIF, a Argentina receberá apenas migalhas: nada mais do que US$ 150 milhões. O diretor-gerente do IIF, Charles Dallara, explicou que essa enorme diferença é uma questão de credibilidade:
“O Brasil fez muitos sacrifícios para recuperar seu prestígio, implantando uma política econômica séria e eficaz, e o resultado começa a aparecer agora. A Argentina, porém, não está seguindo o exemplo. A sua recuperação não está sendo construída sobre uma fundação sólida. Infelizmente o enfoque do seu governo tem sido míope”, disse o executivo.
