O pavilhão do Expotrade, localizado no município de Pinhais, região metropolitana de Curitiba, se transformou em centro das atenções com a realização do evento de biodiversidade da ONU, ao colocar num mesmo ambiente um total de quatro mil e quinhentas pessoas, todas confortavelmente sentadas. É o maior espaço – em centro de convenções aberto – do Sul do Brasil. O grupo de empresários, que adquiriu o espaço por R$ 25 milhões e que investiu R$ 2,5 milhões em reformas, espera o retorno do investimento em oito anos. "É um prazo razoável", diz o diretor-comercial e de marketing, Carlos Oscar Miranda. Em breve o local ganha três hotéis (com um total de 600 quartos) e um teatro.
O local vem sendo preparado para se manter com grandes eventos. Segue a linha adotada pela administração municipal nos últimos anos, de transformar Curitiba numa capital centrada no turismo de eventos. Seus mais de 46 mil metros quadrados de área construída (23 mil em pavilhões para exposições), 13 auditórios que comportam 5.200 pessoas sentadas, mais o maior deles, que comporta outras quatro mil e quinhentas, totalizam 9.700 pessoas dentro de um mesmo ambiente. A capital ganhou outro centro de eventos, o Estação Convention Center, no centro da cidade. Mas perdeu o seu mais tradicional local de feiras e convenções – o Centro de Convenções do Parque Barigüi, que fechou há cerca de dois meses.
Para isso, é preciso manter o espaço funcionando permanentemente. Já são 22 feiras fixas, que mantêm 50% da ocupação do pavilhão. "A meta é chegar a 70% de utilização até o final de 2008, o que já será um grande feito", acentua Miranda. Há espaço na agenda apenas para os meses de junho, outubro e dezembro. "Os outros meses já estão tomados", explica.
Manter o Expotrade, porém, não é muito fácil. Afinal, há concorrentes em todo o País em busca de eventos de negócios, que movimentam milhares de reais todos os anos. "Temos preços competitivos e, em alguns casos, menores do que o Rio de Janeiro e São Paulo, outros centros de eventos de negócios muito importantes", conta Carlos Miranda. Por isso, é preciso diversificar. As receitas do Expotrade, atualmente, vêm, primeiro, de feiras, em segundo lugar, de eventos corporativos e, em terceiro, de congressos.
Para facilitar a vida dos participantes, o grupo que administra o Centro de Convenções já fechou um "acordo de intenções" com um grupo de investidores espanhóis para a construção de três hotéis na mesma área. Serão, ao todo, 600 apartamentos. O primeiro deles deve começar as obras já em junho deste ano. Outro investimento previsto é a construção de um teatro para 3.500 lugares, ao lado dos hotéis. (da redação)