Rio (ABr) – Em 2006, 1,4 milhão de postos de trabalho com carteira assinada devem ser abertos no Brasil. A estimativa é do Observatório de Mercado de Trabalho e Emprego, do Ministério do Trabalho e Emprego. Coordenadora do observatório, Paula Montagner afirma que o número pode representar um aumento significativo em relação ao ano passado, quando foram gerados 1,25 milhão de empregos com carteira assinada no País.
Montagner fez uma análise sobre os três segmentos que se destacaram na criação de empregos nos últimos três anos. Segundo ela, nesse período, o setor industrial gerou 860 mil postos de trabalho, parte deles na indústria de alimentos processando a matéria-prima que saiu do campo, tanto para exportação como para consumo interno.
Outro segmento de destaque é o setor de vestuário e têxtil, que tem a característica predominante de atender ao mercado interno, mas vem registrando um interesse cada vez maior sobre a moda brasileira no exterior. O terceiro setor analisado pela coordenadora do ministério é o de serviços e, dentro dele, o destaque é para o comércio.
?De longe o segmento que mais emprega é o comércio varejista, porque quando aumenta o número de emprego e a renda, as pessoas precisam comprar e o comércio varejista é um tipo de serviço distribuído em todo o País?, disse Paula Montagner.
As informações sobre a geração de empregos constam do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), criado em 1992, para receber as informações sobre demissões e admissões pelas empresas e poder analisar entre outros itens, quantos meses o trabalhador esteve empregado para ver se ele é habilitado para o seguro desemprego.