Mais dois municípios do Paraná passam a ser servidos por agências do Banco Social: Campo Magro e Antonina. Amanhã serão inauguradas as unidades de Telêmaco Borba, Ortigueira e Reserva. No total, 161 agências estão em plena operação no Estado. Criado há um ano pelo governador Jaime Lerner, o Banco Social oferece financiamentos a micro e pequenas empresas, com os juros mais baratos dos país: 1,5% ao mês.
Até agora, 312 municípios se integraram ao programa do governo estadual. Em 268 deles, os agentes de operação já foram treinados e as comissões de análise para a liberação do crédito devidamente formadas.
No início de julho, aderem ao programa o restante dos municípios paranaenses. Os convênios serão assinados pelo governador Jaime Lerner. ?Até o final do ano, o Banco Social vai estar funcionando em todos os 399 municípios do Estado?, diz Nelson Francisquinho da Silva, diretor da Agência de Fomento, a financiadora do programa.
Resultados
Os financiamentos oferecidos pelo Banco Social já estão beneficiando 3.363 microempresas no Paraná. Os recursos liberados até agora totalizam R$ 10,3 milhões, o que significa uma média de R$ 3 mil por crédito.
?Além de ajudar diretamente o microempreendedor, seus funcionários e familiares, o programa cria novos empregos?, informa o presidente do Banco Social, Antonio Carlos Araújo. ?A cada empréstimo, os empreendedores acabam contratando pelo menos um funcionário, o que faz com que o banco tenha gerado até agora quase 3.500 novos postos de trabalho diretos.?
Para facilitar o acesso ao empréstimo, o Banco Social -que geralmente funciona dentro das Agências do Trabalhador – faz um cadastro com o mínimo de burocracia. Cada financiamento varia de R$ 300 a R$ 5 mil. Na maioria dos casos, o dinheiro é utilizado para ampliar a estrutura das empresas, com a compra de equipamentos e material de consumo, impulsionando a produção e as vendas. Pouco mais de 20% dos financiamentos são utilizados para capital de giro.
O tomador do empréstimo recebe treinamento e orientação especializada, o que amplia as chances de sucesso dos empreendimentos e evita a inadimplência.
O Banco Social dispõe de R$ 100 milhões, dinheiro que, com o giro dos financiamentos, acaba atendendo um número ilimitado de micro e pequenas empresas. Os beneficiados são geralmente gráficas, panificadoras, lavanderias, mercearias, empresas de confecção, docerias, bares, lojas de informática, marcenarias, oficinas e floriculturas.
Feira com clientes
O Banco Social e a Prefeitura de Apucarana promovem nesta sexta-feira (21) uma grande exposição com as empresas financiadas pelo programa de crédito criado pelo Governo do Estado. Os clientes do Banco Social vão expor e vender seus produtos no calçadão. A maior parte das empresas é do setor de confecções.
Com um ano de funcionamento, completados na quinta-feira, a agência de Apucarana já autorizou mais de R$ 200 mil em financiamentos, beneficiando 80 pequenos empreendimentos.
Os recursos permitiram a criação e ampliação de empresas, abrindo cerca de 115 novos empregos e beneficiando mais de 620 trabalhadores. ?A agência do Banco Social de Apucarana foi a quinta implantada pelo Governo do Estado e é uma das mais atuantes?, comenta o diretor da Agência de Fomento, Nelson Francisquinho da Silva.
A agência de Apucarana também vai divulgar uma novidade durante a exposição. Será a primeira do Estado a dispor de uma linha de crédito para a área de turismo. O financiamento vai variar de R$ 300 a R$ 10 mil. As exigências para a liberação dos recursos são as mesmas do programa já existente.
