Maioria das vagas exige conhecimento prático

A responsabilidade das vagas disponíveis hoje não privilegiarem os teoricamente mais qualificados também se deve ao distanciamento da formação acadêmica com a lógica de mercado. “A economia está aquecida e verifico diariamente que, se de um lado tem gente sobrando, do outro há empresas desesperadas para encontrar os profissionais com a preparação necessária aos seus projetos”, aponta o headhunter Hamilton Fonseca.

Os números da consultoria empresarial RH Curitiba, que atende 200 empresas no País e trabalha com uma média de 400 vagas por mês, reforçam esse diagnóstico. “O nível superior deixou de ser pré-requisito e deu lugar para o conhecimento prático, já que a maioria das vagas são operacionais”, informa o gerente administrativo da empresa e consultor de RH, Anderson Bunhak.

Isso se reflete na valorização dispensada aos dois tipos de profissionais. “Enquanto as funções gerenciais e administrativas estão ofertando salários de R$ 1 mil a R$ 1,2 mil, no técnico, essa faixa começa em R$ 1,2 mil. Só que para ganhar um pouco melhor, entre R$ 1,5 mil e R$ 2 mil, o profissional do administrativo já disputa acirradamente a vaga. Já o técnico, dependendo da área, pode conseguir uma colocação que remunere na casa dos R$ 5 mil, simplesmente sabendo operar uma máquina, como é o caso das vagas para programador CNC (Comando Numérico Computadorizado) “, compara.

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