economia

‘Maior risco para uma empresa é a complacência’, diz Moreira Salles

O copresidente do Conselho de Administração do Itaú Unibanco Pedro Moreira Salles afirmou que o maior risco para uma empresa é a complacência. “Não estamos com esse tipo de síndrome dentro do Itaú Unibanco. O ato de se questionar e sabermos se já fizemos o suficiente é constante”, disse ele, em reunião com analistas e investidores, nesta tarde de terça-feira.

Segundo Moreira Salles, o ato de questionar e saber se já fizeram o suficiente é constante dentro do banco. “Não vejo nenhum sinal de complacência, em que pese a grande empresa ter tendência a isso”, reforçou ele, acrescentando que o Itaú Unibanco procura não deixar “nenhum terreno aberto e se manter vivo a todo instante”.

Questionado sobre transformações no sistema financeiro, ele disse que o banco soube se adaptar ao longo do tempo, uma vez que poucas empresas conseguem atravessar a barreira de um século de existência – o Itaú Unibanco tem 95 anos -, mas que é necessário criar capacidade para os desafios que o momento impõe. “Em que pesem aflições e angústias que todos nós incumbentes temos no mundo atual, olho com muito entusiasmo o que virá para frente”, afirmou Moreira Salles.

O Itaú Unibanco tem, conforme ele, conjunto de atributos dificilmente reproduzíveis, mas que daqui a dez anos as instituições financeiras terão de adotar uma nova maneira de atendimento e de distribuição de produtos. “Saberemos encontrar respostas à medida que as perguntas aparecerem. Essa é parte essencial do trabalho, de controladores e membros do Conselho. Temos de criar capacidade para o banco aos desafios que o momento impõe”, concluiu o copresidente do Conselho de Administração do Itaú.

Minoritário

O copresidente do Conselho de Administração do Itaú Unibanco Roberto Setubal disse que o banco soube aceitar ser minoritário em empresas menores que a própria instituição, como por exemplo a seguradora Porto Seguro e a XP Investimentos. “Isso não é simples na tradição brasileira: uma empresa maior aceitar ser minoritária de uma empresa menor. Mas tivemos muitos benefícios por termos tido a humildade de sermos minoritários mesmo sendo maiores”, avaliou ele, durante reunião com analistas e investidores nesta tarde de terça-feira, ao comentar a trajetória de fusões e associações feitas pelo Itaú Unibanco.

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