FGV: maior contribuição para leve aceleração do IPC-M em julho é do grupo Habitação –

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O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) voltou a registrar inflação no Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) de julho ao subir 0,04% após uma queda de 0,08% em junho. O IGP-M caiu 0,72% no período, de recuo de 0,67% no mês passado.

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Segundo a Fundação Getulio Vargas, responsável pelo cálculo do índice, quatro das oito classes de despesas analisadas tiveram taxas maiores em julho do que em junho. Dentre elas, a principal contribuição para aceleração do IPC-M veio do grupo Habitação (-0,02% para 0,46%). O grupo, por sua vez, foi bastante influenciado pelo encarecimento da tarifa de eletricidade residencial, que subiu 1,38%, de queda de 1,06% no sexto mês do ano. O aumento é efeito da adoção da bandeira amarela nas contas de luz no mês, assim como do reajuste tarifário da Eletropaulo, em São Paulo.

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Também registraram acréscimo nas taxas no período os grupos Alimentação (-0,50% para -0,44%), Educação, Leitura e Recreação (0,31% para 0,67%) e Comunicação (-0,17% para 0,32%). Contribuíram para a aceleração os subgrupos frutas (-7,20% para -3,81%), show musical (-0,77% para 3,11%) e pacotes de telefonia fixa e internet (-0,95% para 0,87%), respectivamente.

Em contrapartida, os segmentos Vestuário (0,52% para 0,00%), Despesas Diversas (0,49% para 0,08%), e Saúde e Cuidados Pessoais (0,42% para 0,32%) desaceleraram entre junho e julho. Nesses grupos, as principais influências foram roupas (0,48% para -0,12%), tarifa postal (4,94% para 0,00%), gasolina (-1,42% para -2,03%) e artigos de higiene e cuidado pessoal (0,25% para -0,11%), nesta ordem. O grupo Transportes também teve alívio em julho, ampliando a deflação de 0,36% para 0,42%, com o auxílio do item gasolina (-1,42% para -2,03%), que devido ao período de coleta do IGP-M (de 21/06 a 20/07), não captou o aumento do PIS/Cofins sobre os combustíveis.

Principais influências

A FGV destacou as principais influências de alta e baixa no IPC-M de julho. Do lado da pressão de elevação estão tarifa de eletricidade residencial (-1,06% para 1,38%), plano e seguro de saúde (mesmo com a leve desaceleração de 0,96% para 0,95%), tomate (-17,44% para 11,65%), condomínio residencial (-0,07% para 1,05%) e passagem aérea (mesmo com a desaceleração de 11,65% para 8,83%).

Já entre as maiores influências de baixa estão batata-inglesa (1,38% para -28,87%), gasolina (-1,42% para -2,03%), etanol (mesmo com a deflação menor de -3,40% para -3,07%), laranja pera (apesar da redução na taxa, de -13,89% para -13,12%) e banana-prata (-5,90% para -8,00%).