O mês de maio foi o primeiro do ano sem nenhuma oferta de ações, informou a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (Anbima). A ausência de ofertas em renda variável seguiu-se ao ativo mês de abril, quando a oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) de R$ 11,5 bilhões da BB Seguridade fez com que o segmento liderasse o volume de captações domésticas, que somou R$ 17,3 bilhões.

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Em renda fixa, o total emitido em maio foi de R$ 5,5 bilhões, inferior aos R$ 7,9 bilhões em abril. No acumulado em 2013, as ofertas de títulos de renda fixa chegaram a R$ 34,7 bilhões, representando 66,8% de todo o volume levantado em 2013 (R$ 52 bilhões). Segundo a Anbima, foi grande a participação dos ativos distribuídos com esforços restritos, que responderam por 99,5% do total de renda fixa. Já no volume total do ano, esta participação foi um pouco menor, de 78,3%.

Debêntures

As emissões de debêntures caíram para R$ 3 bilhões em maio, em 13 operações, novamente liderando o total das captações feitas no segmento de renda fixa nesse mês, de R$ 5,5 bilhões. O volume emitido de debêntures em maio ficou mais de 50% abaixo de abril, quando foram lançados R$ 6,4 bilhões desses papéis no mercado. No acumulado do ano até maio, foram R$ 19,1 bilhões em emissões de debêntures, montante inferior aos R$ 21,1 bilhões no acumulado até abril, de acordo com o boletim da Anbima.

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Depois das debêntures, o segundo instrumento de dívida mais utilizado em maio foram as notas promissórias, com um volume de R$ 2 bilhões, acima de abril, quando foram emitidos R$ 1,464 bilhão desses papéis. Segundo a Anbima, este foi o segundo maior valor mensal de ofertas de notas promissórias em 2013, movimento que pode ser justificado pela elevação das taxas básicas de juros no período, o que traz incentivos à realização de operações de prazos mais curtos, como as notas.

Captações

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As ofertas externas lideraram as captações das empresas brasileiras em maio. O volume do mês chegou a US$ 13 bilhões, influenciado principalmente pela operação da Petrobras, que levantou US$ 11 bilhões e elevou o montante captado no mercado internacional com títulos de renda fixa para US$ 25 bilhões em 2013. Em abril, as captações externas somaram US$ 3,7 bilhões.