O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, voltou a criticar neste sábado, 24, o anúncio feito pelo governo federal, de 15 medidas econômicas que já estavam em pauta, como forma de compensar o fracasso da votação da reforma da Previdência.
Segundo Maia, que se referiu às medidas como “um café velho e requentado”, o governo não precisa falar para ele quais os projetos que devem ser colocados em votação. “Essas medidas estão na agenda desde o ano passado, não precisa me procurar para falar que eu tenho que votar a reoneração da folha, Eletrobras, agências reguladoras”, afirmou.
“Se não há Previdência, não é essa agenda velha que vai dar solução. São outras soluções, quentes, que devem ser dadas para o Brasil sobreviver em 2019”, completou.
Segundo Maia, o teto de gastos do governo “vai explodir em 2019”. “Já existem economistas falando em uma explosão de R$ 20 bilhões”, disse.
De acordo com o deputado, o que o governo precisa é lançar ações para diminuir os gastos do governo e aumentar a arrecadação sem aumentar impostos.
Eletrobras
O projeto de lei que autoriza a oferta de venda de ações da Eletrobras será colocado em votação apenas em abril, confirmou Maia, que viajou ao Rio de Janeiro para lançar o Observatório das ações da intervenção federal no Estado.
O deputado ressaltou que, por tirar o controle da empresa das mãos do governo, com a redução da participação para 40% do capital, é necessário um amplo debate, que passará também por questões que afetam as empresas da estatal, como a Chesf, que administra o rio São Francisco, um dos maiores do País.
“Está se pensando em criar uma agência para cuidar da revitalização do Rio São Francisco, é um debate que não pode ser feito em 48 horas”, afirmou.