O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Miguel Jorge, afirmou hoje que não existem problemas de pagamento da Venezuela a exportadores brasileiros. Segundo ele, o atraso existente, de US$ 15 milhões, não chega a ser um problema, porque se trata de um valor muito pequeno em comparação com a dimensão do comércio bilateral, da ordem de US$ 5 bilhões, dos quais US$ 4,5 bilhões em exportações brasileiras.

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“US$ 15 milhões é um volume que faz parte do fluxo normal em um comércio de US$ 5 bilhões ao ano. Os atrasos são inevitáveis”, afirmou Miguel Jorge. Ele lembrou que, em meados do ano passado, quando o MDIC recebeu reclamações nesse sentido de empresas brasileiras, esteve em Caracas e conversou com o presidente venezuelano, Hugo Chávez. Na ocasião, Chávez prometeu que empresas brasileiras não teriam mais esse tipo de problema. “E não tiveram mesmo”, completou Miguel Jorge.

Os atrasos – atuais e anteriores – dizem respeito a restrições impostas pelo Cadiv (Cadastro de Administração de Divisas), órgão que define, na Venezuela, quais empresas são autorizadas a operar com o dólar pelo câmbio oficial, dificultando pagamentos de importações.

Entre os acordos assinados hoje, durante visita de Hugo Chávez a Brasília, está um projeto petroquímico no valor de US$ 2 bilhões entre a brasileira Braskem e as venezuelanas PDVSA e Pequiven. Foram assinadas também compras de produtos petroquímicos venezuelanos e de nafta pela Braskem.

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Entre os acordos assinados, foram incluídas compras de produtos pela estatal venezuelana Casa, responsável pelo fornecimento de alimentos à população carente, como embutidos, milho e óleo. Houve ainda a assinatura de um acordo de troca de músicos de orquestras sinfônicas infanto-juvenis.