A tarifa de energia elétrica manteve a pressão e respondeu, sozinha, por 60% da inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) em São Paulo, na quadrissemana encerrada em 7 de agosto. Segundo pesquisa divulgada hoje pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), os preços subiram 0,58%, após avançarem 0,57% no período anterior (até 31 de julho).

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De acordo com o economista André Braz, da FGV, na próxima semana a expectativa é que a influência da energia elétrica seja decrescente. “Essa semana, a tarifa completou o período de 30 dias para captação integral do reajuste. Esse efeito já era esperado, mas daqui para frente a tendência é cair.”

O economista avalia que o grupo Alimentação também deve exercer menos influência sobre o índice da próxima semana. “Os laticínios vêm caindo fortemente, e há espaço para os preços da pecuária declinarem mais ainda, já que estamos saindo da condição de pastagens restritas no inverno”, comentou.

O leite tipo Longa Vida, por exemplo, registrou alta de 1,88% na quadrissemana terminada em 7 de agosto, ante uma taxa positiva de 4,41% na quarta semana de julho. Braz afirmou ainda que as hortaliças e os legumes podem ampliar o movimento de retração de preços nas próximas semanas. “Essa fase de oscilação menor do clima deve ampliar a oferta de produtos, mas os alimentos in natura são muito voláteis.”

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