Lupi prevê criação de 100 mil empregos em março

O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, prevê para o mês de março a geração de mais de 100 mil postos de trabalho com carteira assinada, em todo País. Se essa previsão for comprovada, segundo o ministro, será zerado o saldo negativo de janeiro, quando foram fechadas 101,7 mil vagas. O ministro comemorou o desempenho do mercado de trabalho do mês de fevereiro, que apresentou saldo positivo, entre contratações e demissões, de 9.179 vagas formais. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho.

“O Brasil começou a sair da crise no mês de fevereiro. Tivemos recuperação nos principais Estados”, disse o ministro, referindo-se ao Rio de Janeiro, que teve crescimento líquido do número de vagas, e São Paulo e Minas Gerais, onde, segundo ele, houve uma estabilização. Em São Paulo, o saldo de fevereiro foi de apenas 95 vagas fechadas. “A partir de março, São Paulo será a alavanca do crescimento do emprego no Brasil”, disse o ministro, referindo-se, principalmente, ao setor automotivo e ao aumento do poder de compra com o reajuste do salário mínimo. Desde 1º de fevereiro, o salário mínimo nacional passou de R$ 415,00 para R$ 465,00.

“Em março, começa a grande virada”, disse o ministro, prevendo que os setores que mais puxarão esse desempenho positivo serão o de serviços, construção civil e setor agrícola. Lupi previu para 2009 a geração de 1,5 milhão de novos postos de trabalho com carteira assinada no País.

Seguro-desemprego

O ministro do Trabalho e Emprego informou nesta quarta-feira (18) que deverá divulgar na próxima semana os setores que serão beneficiados com o pagamento de parcelas extras do seguro-desemprego. Ele adiantou que entre os segmentos mais atingidos por demissões devem estar o da indústria da transformação e os setores voltados para a exportação, citando o de minério, o automotivo e também a Embraer. A Embraer demitiu, no mês passado, 4.270 funcionários.

Segundo ele, é preciso cruzar os dados dos últimos três meses e compará-los com o desempenho de cada setor nos últimos anos. A ampliação do seguro-desemprego, de cinco para até sete parcelas, aprovada no mês passado, não vai beneficiar todos os setores. Apenas os trabalhadores dos setores mais afetados pela crise e que mais demitiram. Hoje, as parcelas do seguro-desemprego variam de três a cinco meses.

IPI

Lupi disse considerar “pouco provável” que o governo não prorrogue a redução da alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para carros novos, que vigora até o dia 31 de março. Segundo ele, em alguns segmentos, já há fila de espera de 45 dias para a compra de carros. O problema de baixo número de vendas estaria nos setores de máquinas agrícolas e caminhões.

“Não se deve mexer naquilo que está dando certo”, disse Lupi sobre a redução do IPI, anunciada em dezembro passado. Ele ressaltou, no entanto, que é necessário ter das empresas a garantia de emprego. Ao ser questionado se essa prorrogação seria por outros três meses, Lupi respondeu que depende da avaliação do Ministério da Fazenda.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna