O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez uma rápida visita hoje a um terreno na cidade de Marabá (PA) onde a Vale anunciou que implantará uma siderúrgica. Em um discurso de 10 minutos, Lula disse que o projeto da Usina Aço Laminados do Pará é um marco na história industrial do Estado. Nas contas do presidente, o empreendimento vai gerar 16 mil empregos durante as obras e até o final da construção em 2013. A siderúrgica deve gerar 5.300 mil empregos diretos, segundo a companhia.

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O ato de início das obras, que contou com a presença de Lula, foi marcado por uma série de protestos contra autoridades da região. Lula chegou a dizer que o ato era uma “zorra total”. O presidente chegou a pedir aos manifestantes que tentassem prestar atenção na solenidade para entender a importância do evento. “É importante que, quando a gente participa de um ato como esse, a gente entenda o que está ocorrendo. O que estamos fazendo aqui é o começo da mudança na história industrial do Pará”, disse o presidente. O principal alvo do protesto foi o prefeito de Marabá, Maurino Magalhães (PR). A plateia de mais de 500 pessoas vaiou o prefeito durante boa parte da solenidade.

Em seu discurso, Lula também lembrou a antiga briga dos governos estadual e federal com a Vale para que a usina fosse implantada. Antes de Lula falar, o ministro de Minas e Energia, Marcio Zimmermann, disse que o governo iria continuar “firmemente” empenhado para que a Vale cumpra o cronograma das obras. O projeto da siderúrgica foi uma promessa de campanha de Lula e da atual governadora do Pará, Ana Júlia Carepa.

Lula, que pela manhã esteve em Altamira (PA), onde será construída a usina hidrelétrica de Belo Monte, aproveitou para atacar ONGs e ambientalistas do exterior. “Nunca se colocou tanto dinheiro para cuidar do povo ribeirinho, dos indígenas e dos trabalhadores.” Segundo ele, o governo está investindo R$ 4 bilhões em um projeto ambiental e social em Altamira. “Nós temos de ensinar o mundo, porque de vez em quando tem um estrangeiro dando palpite. Temos que dizer a eles que ninguém mais do que nós queremos cuidar da floresta. Mas ela é nossa, e gringo nenhum deve meter o nariz onde não é chamado.”

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Após o evento, a governadora do Pará, Ana Júlia Carepa, foi questionada sobre o cronograma das obras da Usina Aço Laminados do Pará. A uma pergunta sobre quando as obras começariam de fato, ela, exaltada, disse que as obras já tinham começado.