Na declaração à imprensa feita no início da noite, ao lado do presidente da África do Sul, Jacob Zuma, e do primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, encerrando a 4ª Cúpula do IBAS, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, voltou a defender a conclusão da Rodada Doha, dizendo que todos concordam que esta “é uma tarefa inadiável pois ela ajudará a corrigir anomalias que ainda afetam o comércio internacional”. No próximo sábado, o diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Pascal Lamy, estará reunido com o chanceler Celso Amorim, exatamente para discutir a Rodada Doha.

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No discurso, Lula citou mais de uma vez o fato de estar deixando o governo no final do ano e declarou que se despede do IBAS, “com orgulho e felicidade de ver que nossa ideia prosperou”. Para Lula, “com vontade política, o IBAS segue coeso e vai ampliando seu leque de atuação” e “juntos desafiamos a geografia e a inércia e vencemos”. IBAS é a sigla para o grupo de países composto por Índia, Brasil e África do Sul.

Para Lula, “o IBAS é hoje um fórum de diálogo amadurecido e bem-sucedido, uma iniciativa exitosa da política externa”. E emendou: “tenho plena certeza de que nossa cúpula, em 2011, na África do Sul, vai consolidar nosso mecanismo e nossa capacidade de ajudar a construir um mundo melhor”.

No seu discurso de encerramento da cúpula, Lula comemorou ainda o aumento do comércio entre os países do grupo, ao dizer que, nos últimos sete anos, as trocas quadruplicaram, atingindo US$ 12 bilhões, em 2009. “Nossa melhor resposta para a crise foi apostar em mais comércio e em mais investimentos. Nossas economias são movidas pelo crescimento do mercado interno e pela inovação de nossas empresas”, disse Lula, que pediu maior participação do pequeno e médio empreendedor no IBAS.

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O presidente Lula aproveitou para citar a tragédia do Rio de Janeiro, ao dizer que é preciso encontrar “respostas urgentes” para a degradação das regiões metropolitanas.

Já o presidente da África do Sul, Jacob Zuma, terminou seu discurso afirmando que estava animado com a possibilidade de construção de um satélite pelos três países porque ele oferecerá novas oportunidades na área tecnológica e científica. O primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, por sua vez, disse que o IBAS, criado há sete anos, chega a 2010 mais forte e que agora está sendo iniciada uma segunda fase do grupo.

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