O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, relatou no início da noite, após reunião ministerial, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse estar “muito otimista” com a economia brasileira e até brincou que esse otimismo supera o da equipe econômica. “Ele acha que vamos ter crescimento acima do que tem sido projetado”, disse Bernardo, sem especificar qual seria o porcentual de crescimento que o presidente espera.

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Bernardo relatou que apesar do otimismo, Lula determinou que os ministros sigam “estritamente” os limites de gastos que foram definidos tanto para este ano quanto para 2010. Segundo o ministro, Lula comparou a situação econômica ao orçamento familiar. “Se tem menos salário, menos renda, tem que gastar menos. É a mesma coisa no governo. Se tem menos receita, temos que fazer adaptações e gastar menos”, disse.

Projeções

Durante a reunião ministerial realizada hoje na Granja do Torto, em Brasília, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, apresentou uma série de previsões que apontam para a recuperação da economia no próximo ano. Ao todo, foram apresentadas sete estimativas ao presidente Lula. A mais otimista – a de que o Brasil pode crescer até 5% – foi feita por Jim O’Neill, economista-chefe do Goldman Sachs e criador da expressão BRIC, sigla de quatro países emergentes: Brasil, Rússia, Índia e China.

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De acordo com a apresentação feita por Meirelles, a estimativa mais conservadora é compartilhada pelo Banco Mundial e Fundo Monetário Internacional (FMI). Ambas entidades preveem expansão de 2,50% para a economia brasileira no próximo ano.

Entre as previsões intermediárias estão as do Itaú Unibanco, que espera 4,1%; Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), com estimativa de 4%; a pesquisa semanal Focus, que cita 3,5%; e a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), com 3,4%.

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A exibição de 27 slides feita por Meirelles tem como base apresentações realizadas recentemente pelo presidente do Banco Central. Muitas das telas mostradas na reunião ministerial já foram apresentadas em outras ocasiões. Entre os novos dados apresentados, Meirelles comparou a média de novas concessões de crédito em maio com o período que antecedeu o agravamento da crise no fim do ano passado. Em maio de 2009, a média de novos empréstimos ficou em R$ 7 bilhões, praticamente a média registrada entre janeiro e setembro de 2008, quando o valor ficou em R$ 7,1 bilhões.