Lula pediu para empresas manterem a confiança

O presidente da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), Benjamin Steinbruch, afirmou nesta quinta feira (11) que no encontro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com empresários, no Palácio do Planalto, Lula se mostrou confiante e disse que a situação do Brasil é melhor do que a de outros países. “Nós, os empresários, também achamos e acreditamos que o País tem que ter competência para sair dessa situação fortalecido.” No encontro, informou Steinbruch, o presidente reconheceu a situação difícil, mas pediu aos empresários manterem a confiança e passarem esse sentimento para o mercado.

Para ele, o que os grandes empresários do País têm de fazer agora é aguardar as medidas do governo para avaliar como o Brasil atravessará o primeiro trimestre do ano que vem. Para ele, esse período será chave para o desempenho do País na atual crise. “Se conseguirmos minimizar os efeitos da crise nos três primeiros meses de 2009, acho que isso é o melhor que podemos fazer”, afirmou.

Segundo o presidente da siderúrgica, todas as empresas estão “postergando ao máximo as demissões”.

Já o empresário Jorge Gerdau Johannpeter, da siderúrgica Gerdau, informou que o governo vai criar uma comissão encarregada de elaborar medidas concretas para combater os efeitos da crise, a serem anunciadas até o fim deste ano. Gerdau participou da reunião do presidente Lula com um grupo de empresários e avaliou que o resultado foi positivo porque o governo demonstrou disposição de agir contra a crise financeira internacional.

“A reunião foi no sentido de estimular e criar confiança nos empresários pela disposição de encontrar soluções”, disse. “Temos de analisar o que tem de concreto”, completou.

Juros

O empresário considerou importante a mensagem dada pelo presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, que se mostrou flexível para encontrar “soluções para se ajustar às necessidades”. E acrescentou: “a taxa de juros é um fator importantíssimo. No Brasil existia uma situação de demanda maior que a oferta. Hoje a oferta é maior que a demanda. Então, dá para mexer nos juros”.

Também presente na mesma reunião, o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro Neto, disse que os representantes do governo não comentaram a taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic, que foi mantida ontem em 13,75% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. Mas, segundo ele, os empresários deixaram claro seu descontentamento. “Nós (empresários) falamos que, se a disposição é pela ampliação da demanda, então é preciso baixar os juros”, disse Monteiro, ao deixar o Palácio do Planalto.

O presidente da CSN disse ter aproveitado a ocasião para pedir pessoalmente ao presidente do Banco Central pela queda dos juros. Mais cedo, ao chegar ao encontro, ele classificou como “horrível” a decisão do Copom de manter a Selic.

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