O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fará um discurso no próximo dia 23 de setembro na Assembleia Geral da ONU em defesa da manutenção das medidas de combate à crise financeira internacional.

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Em entrevista hoje no Centro Cultural Banco do Brasil, o porta-voz da Presidência da República Marcelo Baumbach informou que Lula defenderá ações para regulamentar o mercado financeiro.

“O presidente considera prematuro suspender as medidas anticrise e alertará que passados 12 meses (do início da crise) há indefinições, comodismo e inércia”, disse o porta-voz, referindo-se a promessas não cumpridas de líderes mundiais em adotar regras para as instituições bancárias.

Baumbach informou que Lula embarcará na segunda-feira para Nova York, onde receberá no mesmo dia o prêmio Woodrow Wilson. Na quarta-feira, a partir das 9 horas, ele estará na sede da Organização das Nações Unidas (ONU) onde terá encontros bilaterais com líderes de outros países e mais tarde fará seu pronunciamento. O discurso de Lula terá três pontos principais: a crise financeira, mudanças nos órgãos internacionais como FMI e Banco Mundial e mudanças climáticas.

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Lula ainda irá citar outras questões como o embargo econômico imposto pelos Estados Unidos a Cuba, considerado por Lula como “anacrônico”. No dia 24, Lula parte para Pittsburgh (EUA), onde participará de reunião dos líderes do G-20. Ainda na quinta, ele participará de um jantar oferecido pelo presidente dos EUA, Barack Obama.

O encontro dos chefes do Estado do G-20 ocorrerá na sexta-feira, dia 25. O porta-voz da Presidência adiantou que a reunião discutirá especialmente a questão das regras para as instituições financeira e maior participação acionária de países em desenvolvimento no Fundo Monetário Internacional (FMI). “É fundamental que as economias em desenvolvimento tenham mais voz e voto nesses órgãos”, disse Baumbach.

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Ao comentar sobre a crise política na América do Sul por causa da instalação das bases americanas na Colômbia, o porta-voz disse que Lula acredita que o governo da Colômbia não sairá da União de Nações Sul-americanas (Unasul) por divergências com outros países. “O presidente Lula tem a confiança de que, apesar de declarações publicadas na imprensa, a Colômbia não sairá da Unasul”.