O presidente Luiz Inácio Lula da Silva almoçou nesta quarta-feira (28), no Palácio do Itamaraty, com o grão-duque Henri de Luxemburgo. Antes de erguer um brinde ao visitante, Lula agradeceu o apoio de Luxemburgo à intenção do Brasil de conseguir um assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas e pediu ajuda ao grão-duque nas negociações comerciais do Mercosul com os países da União Européia.
Em boa parte do discurso, Lula falou sobre a questão do aquecimento global. Disse que o Brasil levará à Conferência de Bali, na Indonésia, em dezembro, propostas para incentivar países em desenvolvimento a se engajarem no esforço global contra o problema. "Estamos convencidos de que a voz dos países em desenvolvimento precisa ser mais ouvida nas grandes questões da agenda internacional", disse Lula.
Ele comentou também a situação econômica do Brasil: "A economia brasileira está firmemente assentada nos trilhos da estabilidade. Temos assegurado crescimento duradouro, a taxas anuais de, no mínimo, 5%. Os fluxos de investimento direto estrangeiro deverão ultrapassar os US$ 35 bilhões em 2007", disse.
Ele destacou, por exemplo, a obra de construção da usina siderúrgica Arcelor Mittal, em Vitória (ES), com um investimento de US$ 1,8 bilhão. A sede da Arcelor é Luxemburgo. O grão-duque Henri, em seu discurso, disse que é parente do príncipe holandês Maurício de Nassau, que governou Pernambuco no século 17, e comentou o processo de desenvolvimento do Brasil, dizendo que a descoberta de grandes reservas petrolíferas na Bacia de Santos significa "uma nova era na economia brasileira" e dará ao Brasil "um novo papel no mundo". Disse ainda que a "alegria de viver do povo brasileiro" é o que falta a alguns países europeus, como Luxemburgo.
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