Lula pede agilidade nas medidas de apoio à agricultura

Em reunião nesta manhã com técnicos do Ministério da Fazenda, Banco do Brasil, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e com os ministros da Agricultura, Reinhold Stephanes, e do Planejamento, Paulo Bernardo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu agilidade na implementação das medidas de apoio ao setor agrícola, em especial para a linha de crédito de R$ 10 bilhões para as agroindústrias.

Ao deixar o Palácio da Alvorada, onde foi realizada a reunião, Paulo Bernardo disse que o presidente está “impaciente” com as reclamações que têm chegado a seu gabinete, com relação à demora de adoção das medidas. O presidente, segundo Bernardo, cobrou dos ministros explicações sobre a demora na aprovação na linha de crédito para as agroindústrias.

Bernardo relatou que foi explicado ao presidente Lula que a aprovação da linha dependia da sanção da Lei 11.922, o que ocorreu em 13 de abril. Só depois da sanção é que o Conselho Monetário Nacional (CMN) se reuniu extraordinariamente para regulamentar o crédito, o que aconteceu apenas ontem.

Stephanes disse que o presidente Lula afirmou que a situação não é de normalidade em termos de crédito. “Estamos em guerra”, teria dito Lula, segundo Stephanes. “O navio está no mar, afundando, e nós temos de evitar que isso aconteça”, disse o presidente, segundo palavras de Stephanes.

Na reunião, ficou acertado que a linha de R$ 10 bilhões autorizada ontem pelo CMN será repassada para outros bancos públicos, como Banco do Brasil, Banco do Nordeste e Banco da Amazônia, o que, na opinião do ministro da Agricultura, vai facilitar o acesso ao crédito.

Stephanes comentou que a palavra de ordem é ser mais agressivo, no sentido de irrigar o setor com crédito. Na reunião, o presidente também pediu que as linhas cheguem às agências bancárias em até 30 dias, quando o prazo normal é de 60 a 90 dias. “É preciso fazer com que a cadeia rode”, disse Stephanes.

Sobre as taxas de juros de 11,25% nos financiamentos à agroindústria, Stephanes observou que o encargo é viável, apesar de ter defendido ontem uma taxa de juros menor, próxima a 6,75% ao ano. “Eu diria que a taxa definida é razoável porque está abaixo do custo de equalização”.

Segundo Stephanes, a cobrança do presidente foi generalizada, e não ficou centrada nos bancos. “O presidente chamou a atenção de todo mundo para que se tomem medidas para que as linhas sejam aplicadas com agilidade”, afirmou Stephanes.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo