O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou hoje, em São Paulo, que o “mundo desenvolvido vai demorar ainda um tempo em crise” e chamou a atenção dos empresários do setor automotivo presentes no almoço na Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) para o fato de que, pela primeira vez, as filiais estão melhores do que as matrizes. “Os alunos de ontem agora vão dar aula aos professores de anteontem”, afirmou em seu discurso.

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Ele disse que não há motivo para a indústria mundial ter qualquer dúvida a respeito das condições do País e o Brasil não tem motivos, segundo o presidente, para não criar condições para facilitar a entrada do investimento estrangeiro para o setor produtivo. “É com essa mentalidade que trabalhamos”, afirmou.

Segundo Lula, a experiência recente mostrou que “o Brasil estava mais preparado, mais consciente e deu os passos mais corretos”. Ele acrescentou que, se o mundo tivesse dado os passos certos, o banco de investimentos norte-americano Lehman Brothers não teria quebrado e a indústria europeia não estaria na situação atual.

O Brasil, de acordo com o presidente, ao contrário da situação da Europa, apresenta um bom mercado de trabalho. Ele lembrou que em janeiro foram criados mais de 180 mil postos formais e a trajetória natural, acrescentou, é que o emprego continue crescendo este ano. “Achamos que a tendência natural é de 2010 ser um ano excepcional”, disse.

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Lula manifestou sua alegria em participar de um evento da indústria automotiva, lembrando que teve, no passado, muitos confrontos com o setor. “Tivemos brigas homéricas que resultaram em aprendizado”, concluiu.