O presidente Luiz Inácio Lula da Silva avaliou nesta terça-feira (3) que o setor de seguros no País está blindado contra os efeitos “perversos” da crise financeira internacional. Em discurso antes de almoço com representantes do setor, numa casa de festas em Brasília, Lula disse que as seguradoras ainda podem aumentar sua presença no mercado. Números apresentados por ele indicam que as seguradoras representam 3,5% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Já em países desenvolvidos essa participação está na faixa de 7% a 12% do PIB.
“Os ativos garantidores das reservas técnicas das seguradoras já passam de R$ 200 bilhões”, disse o presidente. “A imensa maioria desses ativos está aplicada em renda fixa, principalmente em títulos do Tesouro Nacional, mesmo com a permissão de se aplicar até 49% em renda variável”, completou. Ainda segundo Lula, nos Estados Unidos, a quase totalidade dos recursos das seguradoras está em ações. “Isso, em parte, explica o fenômeno ocorrido com as seguradoras norte-americanas. A AIG, a maior do ramo, ontem anunciou perdas de US$ 100 bilhões em 2008”, disse. “O setor de seguros do Brasil pode comemorar seus avanços e a blindagem contra os efeitos perversos da crise internacional”, disse.
O presidente está participando de almoço de posse da nova diretoria da Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde, Suplementar e Capitalização (CNSeg). O evento foi aberto para o discurso de Lula, mas fechado em seguida para o almoço.