O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o mexicano Felipe Calderón coincidiram na afirmação de que a colaboração entre a Petrobras e a estatal mexicana Pemex não ultrapassará as fronteiras legais mexicanas. No México, o monopólio do petróleo, em mãos da estatal Pemex, é um dos mais duros do mundo, segundo analistas brasileiros. Hoje, as duas empresas limitaram-se a assinar um acordo que prevê apenas a transferência de tecnologia recíproca na exploração de petróleo em águas profundas e em reservatórios de carbonato.
O presidente Calderón reconheceu o processo de transformação desencadeado na Petrobras nos últimos dez anos como resultado da quebra do monopólio do petróleo no Brasil, mas deixou claro que o México aproveitará a experiência da Petrobras "dentro do marco da lei".
Na mesma linha, o presidente Lula afirmou: "A Petrobras não dará nenhum passo que transgrida o marco legal do México". Acrescentou, entretanto, que as duas companhias poderiam atuar conjuntamente em terceiros países. Essa alternativa, entretanto, é considerada improvável pela própria Petrobras, por causa da mesma lei de monopólio mexicana.