Lula diz que não há pressa em renovar com o FMI

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, ontem, em Feira de Santana(BA), durante a inauguração da nova Unidade da Fábrica de Pneus da Pirelli, que o Brasil está tranqüilo para decidir se firma ou não a renovação do com o Fundo Monetário Internacional(FMI). “Não estamos com a corda no pescoço e muito menos com uma espada na cabeça”, completou. Para confirmar essa tranqüilidade, Lula disse que o que pesou para esta posição foram os interesses brasileiros. “Não queremos fazer disso nenhum embate ideológico. Queremos analisar o momento certo, se compensa ou não, e se compensa em que bases iremos fazer esse acordo”, disse Lula.

Destacou, também, que não haverá nenhum preconceito em conversar com a direção do FMI no Brasil ou em qualquer lugar do mundo. “Não haverá nenhum comportamento ideológico pra dizer que, queremos um acordo ou não queremos um acordo. O que vai prevalecer são os interesses do desenvolvimento nacional”, destacou o presidente Lula.

A participação do Brasil na reunião da Organização Mundial do Comércio(OMC), também foi lembrada pelo presidente Lula. Ele salientou o importante papel que o Brasil está tendo no encontro liderando o grupo G-21, que luta contra o protecionismo dos países mais ricos, em relação principalmente aos subsídios agrícolas.

FMI está pronto

O diretor-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), Horst Koehler, disse ontem que o Brasil possivelmente não precisará de um novo acordo com a instituição. No entanto, Koehler afirmou que cabe ao governo brasileiro a decisão de negociar ou não a renovação do programa.

“Nós achamos que o presidente Lula e seu governo construíram uma credibilidade muito boa e são eles que decidem se podem sustentar essa credibilidade com ou sem um programa (de empréstimos). Nós estamos prontos para ajudar”, disse ele, antes do início da reunião anual do FMI, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.

O atual acordo com o Fundo, no valor de US$ 30 bilhões, termina em dezembro. Uma decisão sobre a renovação do acordo pelo governo brasileiro deverá ser tomada em outubro.

Segundo informações extra-oficiais, entretanto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já teria dado sinal verde para a equipe econômica negociar com o FMI a partir da próxima semana, quando Palocci estará em Dubai.

A idéia do governo é incluir metas sociais e propostas de crescimento no acordo. Além disso, Lula entenderia que seria melhor começar a negociar um acordo agora -época de tranquilidade financeira – que em meio a uma possível turbulência no futuro.

O dinheiro desse novo acordo seria uma “cheque especial” do Tesouro Nacional. Ou seja, só seria sacado caso o país realmente passasse por uma época de dificuldades.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo