O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou hoje, em sua coluna semanal “O Presidente Responde”, que todos gostariam que os juros baixassem muito mais. E frisou: “Eles irão baixar”. Apesar da sinalização, advertiu: “A redução (da taxa básica de juros, a Selic) tem que ser feita de forma responsável, para não descuidar da inflação.”

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Lula citou que ao assumir a Presidência da República – ele tomou posse no primeiro mandato em 1º de janeiro de 2003 – a taxa Selic estava em 25% ao ano e, no ano passado, em plena crise financeira, a taxa caiu para 8,75%, a menor da série histórica. “Hoje, esse índice está em 10,75%. Descontada a inflação, a taxa real é de 5,8%”, exemplificou.

Na coluna “O Presidente Responde”, ele argumentou também que de acordo com o Banco Central, os juros cobrados pelos bancos nos empréstimos aos consumidores caíram, em junho, aos menores níveis desde 1994. “Quanto à casa própria, na hora de comprar e pagar empréstimos, o cidadão já sente os efeitos dessa redução. E o Minha Casa Minha Vida está concretizando o sonho da casa própria.”

Ao falar do programa Minha Casa Minha Vida, Lula destacou: “Quem ganha de 1 a 3 salários mínimos, a compra do imóvel é subsidiada. Ou seja, boa parte é paga pelo próprio governo, o que significa que o comprador não desembolsa um centavo de juro. E para quem recebe entre 3 e 6 salários mínimos os juros são de apenas 5% ao ano, bem inferiores à taxa Selic. Além disso, boa parte do setor produtivo já conta com juros menores.”

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O presidente falou também dos empréstimos do BNDES para financiamento e estímulo à produção, que têm como base a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), de 6% ao ano. “Já na agricultura, as taxas variam de 5,5% a 7,5% ao ano para incentivo a projetos agrícolas e financiamento da produção de alimentos, enquanto que, na agricultura familiar, o Pronaf garante os juros mais baixos do mercado: 2% ao ano para a compra de equipamentos e de 0,5% ao ano para o custeio das lavouras.”