O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem em Campina Grande, na Paraíba, que “o Brasil está saindo da crise e ano que vem vai ter um crescimento surpreendente”. Lula cobrou de economistas que, segundo ele, escreveram artigos criticando o posicionamento brasileiro diante da crise, um “mea-culpa”.
Para ele, parte da crise foi apenas “pânico”. “A indústria automobilística não precisaria ter desativado a produção como desativou em janeiro e fevereiro”, disse. “Neste semestre está batendo todos os recordes.” Em seguida, Lula enumerou exemplos de sua política de desoneração e exaltou números de vendas da linha branca e a queda nos juros para venda de caminhões.
“Nós desoneramos carro, nós desoneramos geladeira, fogão, máquina de lavar roupa, material de construção civil, lançamos o programa ‘Minha Casa, Minha Vida’, resolvemos o problema das prefeituras quando teve a queda do Fundo de Participação dos Municípios. Ou seja, nós não deixamos de tomar nenhuma medida.”
O presidente Lula lembrou ainda o episódio de 2003, quando cunhou o termo “espetáculo do crescimento”. “Por conta disso, fui achincalhado por jornalistas, pelas charges. Isso em julho de 2003. E sabem quanto a economia cresceu em 2004? Foram 5,8%, ou seja, muito acima de qualquer período anterior. E ninguém pediu desculpas pra mim, porque avacalharam comigo”, reclamou.
Para o presidente, culpa também tem a oposição, que “torce para que o Brasil não dê certo”.